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A Teoria das Janelas Quebradas na Mooca.

Atualizado: 22 de mar. de 2023

A teoria da janela quebrada é uma teoria criminológica que foi desenvolvida nos anos 80 em Nova York. Essa teoria argumenta que a presença de pequenos delitos, como vidros quebrados ou paredes sujas, em uma determinada área, pode incentivar a ocorrência de crimes mais graves.

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Essa teoria foi desenvolvida por James Q. Wilson e George L. Kelling em um artigo intitulado "Broken Windows: The Police and Neighborhood Safety" (Janelas Quebradas: A Polícia e a Segurança dos Bairros), publicado em 1982 na revista The Atlantic Monthly.

A teoria da janela quebrada foi baseada em uma experiência conduzida em um bairro de Nova York. Os pesquisadores deixaram dois carros idênticos estacionados nas ruas. O primeiro carro foi deixado intocado, enquanto o segundo carro foi vandalizado, com suas janelas quebradas e as portas danificadas. Logo depois, eles observaram que o segundo carro foi novamente vandalizado em pouco tempo, enquanto o primeiro permaneceu intocado.


Isso levou os pesquisadores a concluir que a desordem visual, como as janelas quebradas, poderia sinalizar que ninguém se importava com o bairro, o que encorajava mais comportamentos desordeiros e criminais. Dessa forma, os pequenos delitos poderiam desencadear uma espiral de violência e criminalidade.


A teoria da janela quebrada foi rapidamente adotada pelos policiais de Nova York, que começaram a adotar uma abordagem mais proativa e preventiva para a aplicação da lei. Em vez de se concentrar apenas em crimes graves, a polícia começou a se concentrar em pequenos delitos, como graffiti, mendicância e prostituição, a fim de reduzir a desordem visual e enviar uma mensagem de que a polícia estava presente e atuante na região.


Essa abordagem resultou em uma queda significativa nos índices de criminalidade em Nova York, especialmente nos anos 90. A estratégia da polícia de Nova York, que ficou conhecida como "tolerância zero", tornou-se um modelo para outras cidades ao redor do mundo.


Aqui na Villa Mooca, apesar de ser um projeto comunitário e popular, sem a participação direta de autoridades públicas, acreditamos que algumas medidas de preservação e recuperação do espaço podem trazer mais segurança e bom comportamento por parte daqueles que vivem e convivem aqui.

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